INTRODUÇÃO: as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) constituem um conjunto de doenças que podem ser transmitidas através do ato sexual, sendo um problema de saúde pública no Brasil. Os casos aumentam a cada ano, tornando-se uma forte ameaça à saúde e à qualidade de vida da população no âmbito global. A educação em saúde sendo aplicada da melhor forma pode ser eficaz na prevenção de IST’s, podendo evitar não somente o contágio destas, mas também outros acontecimentos, como gravidez e repercussões sociais, psicológicas e econômicas. OBJETIVO: relatar a experiência de acadêmicas de Enfermagem em uma oficina sobre saúde sexual e reprodutiva. METODOLOGIA: este estudo consiste em um relato de experiência, acerca da execução de uma oficina intitulada por “Saúde Sexual e Reprodutiva: mitos e verdades” e realizada com trinta acadêmicos na faixa etária entre 16 e 25 anos dos cursos de Enfermagem de instituições de ensino superior em Fortaleza-CE. RESULTADOS: Foi trabalhada a temática através da estratégia de oficina, utilizando a dinâmica de perguntas e respostas sobre conteúdos como: doenças sexualmente transmissíveis, prevenção de doenças, métodos contraceptivos e uma questão prática na qual eles deveriam demonstrar a prática correta de como colocar camisinhas masculina e feminina em próteses. Realizaram-se dez rodadas, e, em cada, um sorteio selecionava um aluno para responder uma questão ou demonstrar a técnica de colocação do preservativo, sendo que os demais poderiam contribuir com a construção da resposta. Os participantes foram muito enfáticos quanto ao uso do preservativo. Também apresentaram ciência de outros tipos de contágio além do sexual, relacionados, por exemplo, ao beijo e ao sangue. Uma grande deficiência foi percebida na colocação dos preservativos masculino e feminino, pois nenhum dos alunos sorteados para fazer tal prática realizou a técnica corretamente. A dinâmica proporcionou um ambiente descontraído e produtivo, onde foi possível discutir a temática da oficina, explorando principalmente os pontos nos quais os participantes demonstraram maior dificuldade. Durante a dinâmica e perguntas e respostas, os estudantes apresentaram certo conhecimento sobre os temas abordados, mostrando-se muito participativos, pois a temática era concernente ao cotidiano de cada um ali presente. Inicialmente, na abordagem do tema infecções sexualmente transmissíveis, os estudantes foram muito enfáticos ao uso da camisinha. Também apresentaram ciência de outros tipos de contágio, relacionados ao beijo e aos fluidos corporais, como o sangue. Quanto aos métodos contraceptivos, boa parte da atenção e das dúvidas foram voltadas para os efeitos e uso dos contraceptivos orais e de emergência. Uma grande deficiência foi percebida principalmente na colocação da camisinha masculina e feminina, visto que nenhum dos alunos convidados a fazer a prática acertou. As falhas foram percebidas desde a abertura do invólucro de plástico até a retirada da camisinha após o ato sexual, ratificando as vulnerabilidades dos jovens. CONCLUSÃO: devido às carências de conhecimentos identificadas, percebeu-se a importância do desenvolvimento de atividades como a supracitada, a fim de se que gere uma maior conscientização nos indivíduos sobre a temática em questão e a possível diminuição de eventos indesejados.