Considerando que toda e qualquer mensagem linguística implica certo grau de engajamento entre as partes envolvidas no discurso (locutor e interlocutor), respeitando-se as funções da linguagem, e que tal mensagem deve cumprir determinados princípios de cooperação para que seja entendida com clareza. Neste trabalho, analisamos através de textos humorísticos, a ocorrência das máximas e implicaturas do linguista e filósofo Paul Grice, segundo Costa (2009). Para isso, inicialmente, nos propomos apresentar as características do princípio da cooperação PC, que em um ato comunicativo, pode manifestar dois tipos de implicaturas: as convencionais e as conversacionais. As implicaturas conversacionais envolvem quatro máximas principais: nas categorias de quantidade, qualidade, relação e modo. Para facilitar essa sincronia, nos apoiamos em exemplos de enunciados com as relativas máximas supracitadas; em seguida, analisamos exemplos de textos humorísticos que contemplem a presença e/ou quebra das máximas, avaliando as implicaturas por trás das violações nos diálogos de cada texto explorado. Em um ato comunicativo, durante a interação entre interlocutores, o locutor muitas vezes pode sugerir mais do que fora dito no discurso em seu sentido literal. Neste caso, para que seu interlocutor compreenda a informação extra, precisa compartilhar da mesma mensagem linguística que envolve o princípio da cooperação. Este princípio envolve o conhecimento e habilidades da competência comunicativa, linguística, conhecimentos extralinguísticos e sociais. Os textos de caráter humorísticos apresentam em seus enunciados, uma boa quantidade de informações implícitas que geralmente promovem o sentido humorístico da situação apresentada. Partindo deste pressuposto, vislumbramos identificar em tais textos, as implicaturas conversacionais subentendidas.