Artigo Anais V CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A FEMINIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO NA IMPRENSA PERNAMBUCANA (1885-1915)

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Publicado em 17 de outubro de 2018

Resumo

Até as primeiras décadas do século XX, a educação da mulher era voltada para seu papel de mãe. Por isso, a educação das meninas era diferente da educação dos meninos. Enquanto os meninos aprendiam a ler, escrever, realizar as quatro operações básicas, lidar com números decimais, proporções e geometria, as meninas estavam limitadas ao estudo das primeiras letras, abrangendo apenas o conhecimento da leitura, escrita e das quatro operações básicas. Para falar de feminização do magistério, é importante lembrar que a educação no Brasil foi iniciada por homens quando os jesuítas iniciaram a catequização dos indígenas. A Escola Normal só seria aberta às mulheres em 1875 e até então, as mulheres só exerciam essa profissão como profissionais liberais. Utilizando o conceito de representações de Chartier e pressupostos da História Cultural, a escolha de periódicos para a presente pesquisa se justifica por sua aproximação entre cotidiano e sociedade. Para compreender como ocorreu a feminização do magistério estão sendo analisadas representações sociais do final do século XIX ao início do século XX. Os resultados obtidos até o presente momento mostram que a educação da mulher não era encorajada a não ser que servisse para lhe auxiliar em seu dever para com a família. Este fato pode ser relacionado com o afeto e carinho que passaram a ser vistos como facilitadores da aprendizagem. É possível perceber também que a regência feminina em turmas masculinas passa a ser incentiva tendo como justificativa o carinho e afeto considerados natos à feminilidade.

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