O ensaio que esboçamos neste construto tem como escopo iniciar uma discussão em torno da experiência educacional de dois intelectuais, a saber, Joaquim Goulart de Andrade ex-professor do Liceu de Maceió e o engenheiro Miguel Guedes Nogueira, que ocuparam o papel de direção da Escola de Aprendizes Artífices de Alagoas em seus primórdios na primeira década da primeira República nascente. No corpus do texto buscamos nos aproximar das experiências destes dois intelectuais que em muitas situações de conflitos vivenciaram os entraves no cotidiano da instituição em vias de lograr os resultados que a intelectualidade republicana impôs, isto é, a escolarização e profissionalização de meninos desvalidos em cidadãos úteis à nação. Sendo assim, buscaremos construir uma narrativa das experiências dos dois intelectuais na EAA-AL durante as suas respectivas gestões no marco temporal compreendido entre 1909 a 1916, desvendando os limites, assim como as táticas que estes intelectuais tiveram de enfrentar no interior da instituição de ensino profissional primário.