O presente artigo faz uma abordagem sobre a inserção de modelos moleculares em uma escola regular com Educação de Jovens e Adultos – EJA, frequentada por estudantes com deficiência visual, utilizando uma abordagem freireana. Teve como objetivos: (a) verificar as impressões que os modelos moleculares com inclusão social causam nos deficientes visuais em turmas de EJA; (b) identificar as habilidades dos deficientes visuais em modelar as moléculas; (c) identificar as impressões que os deficientes visuais possuem de uma molécula modelada a partir dos seus modelos mentais; (d) investigar as possibilidades de partir dos conhecimentos prévios que possuem para uma possível aproximação com o conhecimento científico. A metodologia empregada partiu de um problema apresentado aos estudantes pesquisados, possibilitando um amplo debate, leituras complementares e considerações finais sobre o tema em questão. Percebeu-se que ao trabalhar numa perspectiva crítica e questionadora, os estudantes se sentem parte integrante do processo ensino-aprendizagem. No entanto, constatou-se na atividade, um fator recorrente em pesquisas no ensino de Química que é a falta de domínio de conteúdos pré-requisitos. Este fato dificultou uma investigação mais avançada quanto às modelagens de moléculas mais complexas. Sugere-se nesse espaço uma aproximação maior da Química escolar com a Química Social.