: Este artigo tem como objetivo fazer uma análise crítica e reflexiva sobre os fundamentos da construção científica da teoria crítica do currículo bem como sua fundamentação teórica Marxista, logo a partir de uma visão mais crítica, dessa maneira o currículo crítico irá construir um novo pressuposto de formação integral do homem com a finalidade da emacipação da classe trabalhadora.
Desse modo o currículo crítico também construirá a fundamentação que subsidiará a educação intercultural defendida como mecanismo de emancipação dos povos tradicionais indígenas. Este texto nasce para que possamos fazer uma reflexão sobre a homogeneização dos saberes e da cultura, de forma mais sistemática para discutirmos sobre qual é o principal papel da educação no contexto do sistema social que vivemos nos dias atuais? Qual são as relações de poder que permeiam o currículo e a educação? Dessa maneira é imprescindível entender que, a proposta do currículo intercultural é a reconstrução fundamental da sociedade não indígena e dos indígenas, visto que transcorre de uma imposição cultural que está presente no currículo tradicional para a ressignificação em um processo de construção e reconstrução da valorização da cultura dos povos indígenas, com uma visão histórica e crítica sobre a necessidade de se efetivar ações para a conservação e sustentação da cultura materna. O currículo intercultural crítico como caminho para a efetivação de uma perspectiva sociocultural que precisa se manter presente mesmo como relação de permanência legítima dos indígenas com os não indígenas.