A retirada da água emulsionada ao petróleo sempre é um tema atual e com grandes possibilidades de inovação e melhorias. O tratamento químico é um dos métodos mais utilizados para a quebra dessas emulsões, porém o uso de surfactante puro é um processo muito oneroso. A fim de minimizar custos nesse tratamento, uma opção é usar os tensoativos em sistemas microemulsionados, fazendo com que a quantidade de tensoativo usada no processo diminua significativamente, sem interferir na eficiência de separação. Muitos pesquisadores estão envolvidos no desenvolvimento de novos surfactantes e a busca por tensoativos com características voltadas para o lado ambiental vêm crescendo nessa área. Neste cenário, dois tensoativos de origem vegetal (óleo de coco e óleo de soja) foram selecionados para construção de diagramas de microemulsão, a fim de avaliar o efeito da porcentagem de ácidos graxos na região de Winsor IV e assim avaliar seu uso na quebra de emulsões de óleo cru. Os diagramas de microemulsão foram obtidos através de titulação volumétrica em que a razão do cotensoativo/tensoativo foi variada em 5 e 10. Álcool isopropílico foi utilizado como cotensoativo, óleo de pinho como fase oleosa e água destilada como fase aquosa. A partir dos resultados, foi possível avaliar o efeito de diferentes surfactantes de origem vegetal na construção dos diagramas de microemulsão e assim avaliar a melhor condição para os ensaios de quebra de emulsões água/óleo.