Este artigo tem por objetivo analisar a inefetividade do uso da mamona no Estado da Bahia, dentro do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) nos últimos dez anos, uma vez que, na cadeia produtiva dessa oleaginosa, ela demonstrou não ser favorável ao desenvolvimento rural sustentável e a inclusão social conforme fora planejado. O método utilizado para a elaboração deste trabalho foi de coleta de dados, através da revisão bibliográfica de artigos científicos disponíveis na rede da Internet, que tratam dessa temática, a fim de verificar outros modelos que poderiam corroborar, ou não, o uso da mamona como matéria-prima para biodiesel, além de publicações e de uma busca nos bancos de dados e nos documentos públicos do Governo Federal (MMA, MDA, MAPA, MME) e Estadual (CONAB, SEAGRI). Ademais, foram realizados contatos via telefone, correio eletrônico e visitas in loco a três empresas, uma cooperativa produtora e uma esmagadora (na Bahia) e outra beneficiadora de óleo de mamona (em São Paulo), sendo coletados dados acerca da destinação do óleo de rícino nesses locais. Como resultado, verificou-se que as metas originalmente criadas no programa não foram atingidas de maneira satisfatória, o que demonstra a necessidade de revisão do programa governamental na Bahia.