A política curricular brasileira é essencialmente excludente e discriminatória. Como sabemos, numa sociedade de classes, como a nossa, é escolhido uma cultura, uma teoria, um conhecimento como sendo o mais adequado, o mais justo, o mais correto, enfim, o melhor, expurgando, assim, os demais.Para além desses limites, ressaltamos a importância de que as práticas escolares e propostas pedagógicas na Educação Infantil do Campo precisam ser ligadas ao contexto social e cultural da criança, valorizando-a e ressaltando seu protagonismo no currículo pensado para ela.Defendemos que é urgente e emergente respeitar as diversidades peculiares ao campo brasileiro, pois as crianças do campo têm rotinas, experiências estéticas e éticas, ambientais, políticas, sensoriais, afetivas e sociais próprias. Então, é necessário lembrar, valorizar e reconhecer o movimento de lutas dos povos do campo por uma educação que destaque seu protagonismo no processo de construção do conhecimento. Para subsidiar esse trabalho de cunho bibliográfico, nos basearemos nos estudos dos autores:Sader (1999),Varela e Alvarez-Uria (1992), Soares, (2001), Leal (2012), Caldart (2009), Rosemberg e Artes, (2012), dentre outros. Concluímos, então, que, a Educação do Campo, suas ênfases na necessidade de políticas articuladas e sua compreensão de campo e de campesinato são fundamentais para se construir uma concepção de Educação Infantil voltada às crianças pequenas que constroem suas identidades no espaço do campo.