A gestante de alto risco passa por inúmeros eventos estressantes, que podem desencadear diversas complicações físicas e psicológicas. Atualmente, a indicação da via de parto em gestantes de alto risco tem se tornado um dilema. A decisão da via de parto deve ser realizada pelos profissionais em conjunto com a gestante, garantindo a autonomia da mulher na escolha do modo de nascimento do filho. Objetivou-se analisar as expectativas das gestantes de alto risco em relação à escolha da via de parto e, específico: verificar se a escolha da via de parto das gestantes sofre influências de profissionais de saúde e familiares. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, desenvolvida no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) no período de fevereiro e março de 2018, com 18 gestantes. Em relação à escolha da via de parto, emergiram duas categorias: “Medo da dor e das intervenções desnecessárias, “Melhor recuperação e autonomia no pós-parto”. No que tange, as influências sofridas na decisão da escolha da via de parto, emergiu uma categoria: “Influências dos familiares e profissionais na escolha da via de parto”. O desejo pelo parto cirúrgico foi prevalente entre as participantes. Tal preferência foi justificada pelo medo da dor, vontade de realização da laqueadura tubária e pela fragilidade de conhecimento acerca das vias de parto.