No hospital existe uma divisão das equipes de trabalho, entre as que cuidam diretamente do paciente e as que proporcionam um ambiente mais acolhedor ao trabalho do cuidar. Inseridos nesta segunda categoria, encontram-se as equipes de higienização, que apesar de não terem contato direto com os usuários, acabam por não serem reconhecidas como profissionais da saúde; o que acaba produzindo conflitos de diversas naturezas, entre os profissionais, sobretudo os de relações interpessoais. Neste sentido, o presente trabalho consiste na apresentação de uma experiência desenvolvida com profissionais de higienização hospitalar; objetivando a valorização desses sujeitos, um cuidado frente às diversas sobrecargas no ambiente laboral, bem como, uma reflexão sobre a necessidade de um relacionamento interpessoal saudável entre a equipe de higienização e a comunidade hospitalar. Para a realização das intervenções, foi realizado um levantamento e análise da demanda da equipe em questão, e a partir dela procedeu-se a elaboração e execução da intervenção. A intervenção foi realizada mediante a aplicação de técnicas de grupo, que buscaram ressaltar a importância da unidade, cooperação e comunicação, favorecendo as relações interpessoais. Além disso, as intervenções propiciaram um espaço de escuta e discussão entre a equipe, levando-a a falarem sobre suas inquietações e embates encontrados no dia a dia de trabalho. Com a realização desta experiência, destaca-se a importância do profissional de psicologia no ambiente hospitalar, e o seu papel, devendo envolver práticas com todos os profissionais do hospital, uma vez que estas ações serão refletidas diretamente na produção de saúde neste ambiente.