Os acidentes ofídicos representam um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo, principalmente em países de zona tropical, como o Brasil. O envenenamento ofídico gera múltiplos efeitos locais e sistêmicos, que se caracterizam por dor, edema, necrose tecidual, hemorragias e coagulopatias. O soro antiofídico é o antiveneno convencional utilizado, o qual neutraliza eficientemente os efeitos sistêmicos, porém não os efeitos locais. Dessa forma, há uma necessidade de se procurar alternativas complementares a soroterapia. A flora brasileira possui uma vasta quantidade de espécies vegetais consideradas antiofídicas que vem sendo testadas experimentalmente através da obtenção de seus extratos. O presente trabalho objetivou realizar uma revisão da literatura acerca dos potenciais antiofídicos de extratos de diferentes espécies vegetais. Foi observada a inibição de vários efeitos desencadeados pelos venenos das serpentes estudadas. Os extratos obtidos das plantas mostraram atividades de neutralização da atividade hemolítica, coagulante, hemorrágica, proteolítica, miotóxica, fosfolipásica e edematogênica de peçonhas de diferentes espécies.