Conviver com pessoas idosas que apresentam sinais característicos de DA significa dizer que geralmente uma única pessoa ocupa o papel de cuidador, seja por instinto ou vontade, seja disponibilidade ou capacidade. O cuidador é cotidianamente testado em sua capacidade de discernimento e adaptação à nova realidade, que exige dedicação, responsabilidade, paciência e até mesmo o abandono de suas atividades sociais. O objetivo desse estudo é descrever o cuidar de pessoas idosas com DA no discurso dos cuidadores. A coleta de dados ocorreu entre Janeiro e Fevereiro de 2018, mediante entrevista semiestruturada com questões que remetem em relação às funções dos cuidadores das pessoas idosas e como esse cuidado afeta a saúde desses cuidadores. Formaram-se duas categorias referentes ao desenvolvimento do processo de cuidar da Pessoa idosa com DA: 1) Necessidades da Pessoa idosa com DA; 2) Dificuldades na prestação de cuidados à Pessoa idosa com DA. A primeira, refere-se à percepção dos cuidadores, tendo como base o seu contato diário. A partir desta, emergiram seis subcategorias, sendo estas: 1. necessidades fisiológicas; 2. afetivas; 3. de segurança; 4. relacionais/sociais; 5. ocupacionais e, 6. de cuidados totais/globais. De acordo com a segunda, surgiram aspetos relacionados com a fragilidade física, psicológica, agressividade e inquietação/agitação. Contudo, o processo de cuidar desenvolvido pelos cuidadores advém das múltiplas necessidades, condicionado por dificuldades inerentes à díade Cuidador/Pessoa idosa. Seria benéfico a criação de um serviço de apoio e acompanhamento, tanto para profissionais como para os familiares das respetivas pessoas portadoras desta doença.