Biomateriais, sob a forma de dispositivos médicos, possuem um longo histórico de uso e melhoraram a qualidade de vida de muitos pacientes. Os polímeros, naturais ou sintéticos, como a quitosana, são largamente utilizados para o desenvolvimento de biomateriais, aumentando as aplicações terapêuticas destes. As propriedades da quitosana já são propícias para a sua utilização no desenvolvimento de biomateriais, tais como sua atoxicidade e biocompatibilidade. A quitosana é um termoplástico, podendo ser processado por técnicas usuais, obtendo-se diversos materiais, como esponjas liofilizadas. A liofilização é um processo de secagem, após prévio congelamento do produto, em condições de pressão e temperatura tais que os solventes sejam retirados por sublimação. O trabalho teve como objetivo desenvolver esponjas de quitosana através do processo de liofilização e caracterizá-las macroscopicamente. As soluções de quitosana foram preparadas a partir da solubilização da quitosana em ácido acético 1% (v/v) e as esponjas foram obtidas no Liofilizador Liotop® L101. As esponjas liofilizadas de quitosana apresentaram coloração branco-amarelada, aparência fibrosa, flexível e macia, com baixo comportamento elástico à deformação por dobramento. O diâmetro e formato das esponjas foram dependentes do formato do recipiente utilizado para a liofilização. O processo de secagem de liofilização se mostrou bastante eficiente para o desenvolvimento de esponjas de quitosana, proporcionando um biomaterial alternativo, inovador e de grande aplicabilidade.