As micobactérias de crescimento rápido ou não tuberculosas, são comumente encontradas no meio ambiente, particularmente, no solo e na água, incluindo água potável, biofilmes em tubulações de sistema de distribuição de água, piscina, esgoto, superfícies e outros. Em virtude dessa grande dispersão, tais espécies podem colonizar transitoriamente as superfícies mucosas de indivíduos comumente imunocompetentes, equipamentos médicos, broncoscópicos, soluções para assepsia e materiais cirúrgicos. Para compor esse trabalho, foi realizada uma revisão da literatura no período de janeiro até abril de 2018. Dos 97 periódicos localizados e analisados, 36 foram selecionados segundo critérios pré-definidos, onde se priorizou os que abordavam os aspectos biológicos e epidemiológicos das micobacterioses não tuberculosas . As micobactérias de crescimento rápido são onipresentes no meio ambiente. O agente etiológico mais prevalente na maioria das cidades brasileiras é a espécie Mycobacterium massiliense, exceto nas infecções secundárias a mamoplastias onde a maior prevalência é de M. fortuitum. Diversas outras espécies têm sido identificadas: M. abscessus, M. bolletii, M. chelonae, M. smegmatis, M. wolinskyi e M. avium. M. massiliense e M. bolletii são espécies descritas recentemente e anteriormente eram classificados como M. abscessos. Nos humanos, M. fortuitum causa principalmente infecções da pele, pulmões, gânglios linfáticos e articulações. As micobactérias não tuberculosas acometem normalmente indivíduos imunocomprometidos. A cultura é quase sempre necessária para o diagnóstico definitivo.