Resumo: Esse trabalho tem por objetivo trazer a luz as interfaces possíveis entre os Campos da Saúde Mental(SM) com o da Saúde Coletiva (SC) . Tal proposta foi baseada no relato descritivo das experiências de estágio acadêmico em psicologia do autor, no ano de 2016 a 2017, no Centro de Atenção Psicossocial para tratamento da dependência química da cidade de Juazeiro do Norte-Ce. A problemática de buscar interseções entre esses campos da saúde pública brasileira surgiu mediante ao acolhimento aos familiares dos pacientes no dispositivo. Na construção de uma clínica ampliada dentro do equipamento, o autor descreveu a partir da sua participação no desenvolvimento do trabalho com famílias no CAPS AD, como pensar, fazer e refletir sobre a “saúde mental ampliada” no molde transversal com outros eixos de discussões e práticas da saúde pública. Assim, mediante ao acolhimento grupal, pondera-se maiores investigações quanto a dinâmica interinstitucional e o engajamento profissional quanto a promoção do cuidado ético e politico aos parentes dos pacientes do equipamento. Todavia, ao longo dos encontros, percebe-se a ampliação do conceito “ sofrimento psíquico” de uma perspectiva individualizada para uma dimensão sociocultural, onde envolvia condições socais de habitação, renda e educação precárias, ausência das políticas públicas socoassistencias que buscassem a reintegração dos pacientes e da própria família a dinâmica socioafetiva da comunidade. Dessa maneira, o que se pesa nesse estreitamento entre SC e SM envolveu a busca de integralizar os processos, sistemas e ações de promoção da saúde mental no âmbito macrossocial e microssocial das relações familiares.