O câncer é um nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças. Atualmente é um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Na população feminina, o tipo mais incidente é o câncer de mama, sendo responsável pela maior causa de morbimortalidade neste público. O diagnóstico de câncer de mama surge rodeado de estigmas sociais negativos. Diante deste cenário, a mulher diagnosticada com câncer de mama precisa passar por um complexo processo de enfrentamento do adoecimento e do tratamento. Frequentemente este diagnóstico é recebido pela mulher de maneira traumática, estando permeado de sentimentos de angústia, medo de morte e mutilação, além do aumento da dependência, preconceito e alterações na autoimagem. Neste sentido o suporte e apoio psicológico podem ser fundamentais para auxiliar a mulher no enfrentamento destas questões. Cientes disto, foi implantado um Serviço de Psicologia no Laboratório de Ciências e Tecnologias em Saúde da Universidade Estadual da Paraíba (LCTS/UEPB) com o propósito de oferecer um serviço de acolhimento e escuta psicológica para as mulheres acompanhadas. Assim, o presente estudo trata de um relato de experiência, de cunho descritivo, do grupo de estudantes de psicologia participantes do projeto. Serão discutidos os principais achados dos relatos das participantes, em especial a presença de uma dor total, o medo da morte e do morrer, as interações sociais e o convívio familiar, além das expressões da sexualidade frente ao adoecimento.