O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) é recomendado para a saúde infantil até os seis meses de idade. A partir de então deve ser complementado com outros alimentos até os dois anos ou mais. Entretanto, a baixa prevalência de AME em nosso país aponta para a necessidade de constantes monitoramentos. Nesta perspectiva, esse estudo se lança ao desafio de avaliar os fatores associados a prevalência do AME em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Trata-se de uma pesquisa do tipo retrospectiva descritiva de delineamento documental. A coleta de dados foi feita nos meses de novembro e dezembro de 2016, através de um levantamento dos prontuários das usuárias acompanhadas em pré-natal durante os meses de março/2015 a março/2016. Realizou-se análise descritiva dos dados e testaram-se as associações por meio do qui-quadrado. Dos 41 prontuários avaliados, verificou-se a prevalência de mães com idade entre 18 a 24 anos (43,9%), cor da pele parda (51,2%), casadas ou em união estável (82,9%), com ensino fundamental incompleto (39,0%) e que exerciam a função do Lar (43,9%). Quanto ao AME, 46,3% amamentaram exclusivamente até os seis meses de idade da criança e 53,7% interromperam o AME antes desse período, sendo a escolaridade a única variável associada estatisticamente a essa prática (p=0,020). Conclui-se que apesar dos benefícios e orientações recebidas pelas gestantes durante o pré-natal, o AME até os seis meses de idade da criança ainda é um desafio para mães e profissionais de saúde.