Introdução: Enfermeiros de cuidados críticos são repetidamente expostos a tensões na UTI ao lidar com pacientes graves. O desgaste emocional relacionado ao ambiente de trabalho constitui fator expressivo na determinação de transtornos relacionados ao estresse, como ansiedade e doenças psicossomáticas. Objetivo: Avaliar os níveis de ansiedade e estresse das equipes de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva. Método: Estudo transversal, descritivo, observacional, prospectivo. A amostra foi de 39 profissionais de enfermagem das UTI Clínica e Transplante de um serviço filantrópico. A coleta de dados foi realizada em dezembro de 2015 a janeiro de 2016. Realizaram-se entrevistas com um instrumento contendo dois questionários validados para o português: o Job Stress Scale e o Inventário de Ansiedade de Beck que avaliam estresse no ambiente de trabalho e sintomas ansiosos, respectivamente. Realizou-se análise descritiva dos dados no programa SPSS versão 20.0. Resultados: a maioria dos profissionais eram mulheres (84,6%), casadas (46,2%), idade entre 26 a 35 anos (46,2%), com ensino médio técnico e superior incompleto (77%). Grande parte estão numa classificação de passivo (baixa demanda e baixo controle) com 88,9% e 93,3% para enfermeiros e técnicos, respectivamente. Estando suscetíveis à monotonia e falta de estímulo no ambiente de trabalho, podendo levar ao estresse relacionado ao trabalho a longo prazo. Cerca de 31% possuem algum grau de ansiedade, sendo 12,8% para ansiedade moderada. Conclusões: valorização dos trabalhadores e investimento na educação permanente e no apoio social no ambiente laboral são estratégias que podem atuar como fatores de proteção para a saúde do trabalhador.