Existem profissionais que dependem da voz para seu desempenho e sobrevivência profissional, os profissionais da voz. O teleoperador é o trabalhador que utiliza o sistema de teleatendimento seguindo roteiros planejados e controlados para atender clientes, oferecer serviços e produtos. Esta população, além de possuírem altos índices de distúrbios de voz, também relatam mais dores corporais que a população geral. O presente estudo tem como objetivo investigar se existe correlação entre as dores corporais autorreferidas pelos teleoperadores de emergência e o grau de distúrbios da voz. A população alvo desta pesquisa é composta por teleoperadores de uma central de serviço de atendimento a emergência. Houve a aplicação do questionário de autoavaliação Condição Vocal e de Dores Corporais durante o Exercício Profissional e análise perceptivo-auditiva através da escala GRBASI. As dores autorreferidas de: costas (n=18), ombros (n=12), garganta (n=8), cabeça e nuca (n=7) foram os sintomas mais frequentemente relatados nesta população. O predomínio da alteração vocal mais frequente foi rugosidade e o grau, moderado. Após o tratamento estatístico podemos concluir que existe uma correlação diretamente proporcional entre as dores corporais e o grau do distúrbio de voz.