O câncer de pâncreas é um dos mais letais do aparelho digestivo, correspondendo à quarta causa de morte por neoplasia no mundo. O termo câncer pancreático amplamente utilizado geralmente se refere ao adenocarcinoma ductal do pâncreas. Este tem péssimo prognóstico, sendo uma das malignidades com a maior agressividade e letalidade, representando mais de 90% das neoplasias pancreáticas. A etiologia do câncer de pâncreas é indefinida, apesar de vários fatores de risco já terem sido definidos. Sua sintomatologia inicial varia de acordo com a localização do tumor. De forma geral, os sintomas iniciam-se com anorexia, perda de peso (aproximando-se de 10% do valor corporal), icterícia, náuseas, desconforto abdominal, especialmente dor no dorso, e interescapular, dor epigástrica, e a clássica dor em cinto, o diabetes mellitus apresenta-se como uma manifestação precoce do adenocarcinoma pancreático. Mesmo quando o quadro clínico é muito sugestivo, não é possível diagnosticar com segurança um paciente com base apenas em sintomas e sinais. A falta de especificidade e o atraso para o diagnóstico, colaboram para o mal prognóstico da doença. Nesse panorama, a avaliação diagnóstica inclui avaliação sorológica e exames de imagem abdominal, testes adicionais serão então direcionados de acordo com os achados iniciais. Assim, é necessário que haja um bom preparo dos profissionais de saúde para que estejam aptos a reconhecer os sinais e sintomas da doença, realizando o diagnóstico de forma eficiente e rápida, uma vez que o câncer pancreático é de evolução rápida e seu tratamento acaba se tornando apenas paliativo e não mais curativo.