A Caatinga apresenta uma vasta heterogeneidade de espécies vegetais, muitas destas espécies são plantas endêmicas e adaptadas às condições de estresse ambiental. Estudos realizados recentemente indicam algumas plantas da Caatinga como fontes promissoras de biomoléculas de interesse, incluindo compostos com atividade antimicrobiana, antioxidante e anticoagulante. Pityrocarpa moniliformes é uma espécie endêmica da caatinga pouco explorada em relação a seu potencial farmacológico, mas estudos recentes revelaram um potencial biológico significativo. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade antioxidante de extratos orgânicos das folhas de Pityrocarpa moniliformis, frente a métodos de análise in vitro. A espécie Pityrocarpa moniliformis foi coletada no Parque Nacional do Catimbau (Pernambuco-Brasil), uma exsicata da espécie foi encaminhada para o Herbário do Instituto Agronômico de Pernambuco. Suas folhas foram submetidas à secagem na estufa de circulação de ar forçado (40-45°C), durante três dias, posteriormente foram trituradas em moinho. Após a trituração o material foi submetido à extração em extrator automático ASE 350 Dionex, utilizando o solvente ciclohexano, acetato de etila e metanol. Para avaliação do potencial antioxidante, os extratos foram submetidos aos ensaios de sequestro dos radicais DPPH e ABTS. Nos ensaios de captura dos radicais DPPH e ABTS, os extratos metanólicos (37,67μg/mL e 285,2μg/mL, respectivamente) apresentaram o melhor IC50 quando comparados respectivamente com os extratos de hexano (111,6μg/mL e 5206,0μg/mL) e acetato de etila (67,24μg/mL e 797,8μg/mL). Os resultados obtidos mostram que os extratos das folhas P. moniliformis apresentam elevada capacidade antioxidante de acordo ensaios in vitro avaliados.