As atitudes podem ser conceituadas como qualquer crença ou avaliação subjetiva associada a um objeto. Elas não são inatas, mas sim processos adquiridos a partir da aprendizagem. Neste sentido, tendo em vista que pacientes com transtornos mentais enfrentam bastante preconceito com base nas crenças negativas que as pessoas têm com relação a essa população, algo que influencia em seu processo de exclusão na sociedade, o objetivo dessa revisão bibliográfica é analisar os artigos que abordem o tema atitudes frente aos indivíduos com transtornos mentais publicados nos últimos 10 anos nas bases de dados SciELO, Periódicos da Capes e PePSIC, visando identificar as principais características dos estudos. Foram considerados para estudo os artigos escritos em língua portuguesa ou inglesa, e que estivessem disponíveis gratuitamente para download, sendo excluídos aqueles que não tivessem como foco este tipo de estudo, pesquisas qualitativas e revisões bibliográficas. A presente revisão mostrou uma escassez de investigações acerca da mensuração de atitudes em relação aos indivíduos com transtornos mentais, confirmada pelo número reduzido de artigos encontrados e considerados para análise. Os artigos avaliados e incluídos foram publicados na área da saúde, especialmente em revistas de enfermagem. Em geral, as atitudes com relação às pessoas com transtornos mentais oscilaram conforme o estudo realizado. Para trabalhadores de saúde mental, na maioria dos itens da escala, foram apresentadas atitudes positivas. Estudantes de enfermagem apresentaram atitudes mais positivas do que estudantes de medicina. Já os empresários demonstraram atitudes mais negativas, acreditando na irrecuperabilidade e na periculosidade das pessoas com transtornos mentais.