A pesquisa teve como objetivo descrever o perfil lipídico em crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos em escola pública de Natal. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, descritivo e abordagem quantitativa. Os participantes foram submetidos ao questionário e a coleta da amostra de sangue após jejum de 12 horas, e as seguintes avaliações foram realizadas por métodos enzimáticos: níveis séricos glicemia de jejum, hemoglobina glicada, de colesterol total, LDL- c, HDL-c, VLDL-c e triglicerídeos. Os dados foram analisados no Epi-info®, por meio do programa estatístico SPSS 22 IBM® (SPSS) e descritos como média ± desvio padrão ou números absolutos e percentuais. Resultados: Das 55 crianças e adolescentes analisados cerca de 89,09% apresentaram dislipidemia secundária. Ambos os gêneros tiveram valores acima de 50% para hipertrigliceridemia. O gênero feminino 15 (44,11%) teve a maior prevalência de hipercolesterolemia isolada. E masculino 17 (80,95%) teve quantidades mais expressivas de HDL-c baixo. Não houve alteração nos valores do LDL-c. Porém, (23,63%) da população total apresentaram elevações nos valores, sendo (32,35%) correspondente ao gênero feminino. Quanto ao não-HDL-c observou-se uma prevalência de níveis elevados (34,5%), no sexo feminino 15 (27,2%) apresentaram alterações, sendo apenas uma pequena parcela composta pelo sexo masculino 4 (7%). Conclusão: Uma grande parte apresentou um perfil lipídico desfavorável, caracterizando a dislipidemia, o que mostra que possivelmente seja alto consumo de alimentos considerados aterogênicos, além disso é essencial avaliar a associação de diversos fatores como obesidade, sedentarismo, e principalmente fator genético. Desta forma, é importante redobrar a atenção objetivando a prevenção de doenças cardiovasculares e obesidade precocemente.