O presente artigo tem por objetivo relatar a experiência de estágio nas atividades desenvolvidas em uma Oficina de Fuxico de um Centro de Atenção Psicossocial, localizado na Cidade de Campina Grande/PB. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo observação participante. Ocorreram quatro encontros entre fevereiro e abril de 2018 com duração de duas horas. O grupo contava com a participação de, em média, seis mulheres que se encontravam semanalmente para a confecção de artigos de artesanato e tinham como principal atividade, a produção de peças com material de fuxico. A oficina, facilitada por uma Técnica de Enfermagem, se caracterizava pelo fazer e falar, pois no período de tempo de duas horas em que estão juntas era aberto o espaço de fala para essas mulheres, que colocavam diante das demais suas questões pessoais e dificuldades enfrentadas, assim como era possibilitado um espaço de propagação de informações e dos direitos a elas conferidos. Portanto, foi possível perceber a importância da arte no processo de cuidado da pessoa em sofrimento psíquico e o quanto foi capaz de ressignificar a dor e o sofrimento por elas vividos. A experiência, possibilitou vivências que permitiram reafirmar a necessidade de serviços substitutivos focalizados na autonomia dos sujeitos em sofrimento, reiterando ainda o quanto é imprescindível os novos modos de cuidar em saúde mental, que perpassam o modelo de cuidado tradicional e biomédico ainda existente em muitos serviços substitutivos.