FARIAS, Francisco José Correia et al.. . Anais III SINPROVS... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/40449>. Acesso em: 23/12/2024 07:25
Os programas de melhoramento genético do algodoeiro no Brasil e no Mundo buscam objetivos comuns como melhorar a produtividade e as características tecnológicas da fibra. Para se obter tais materiais superiores é necessário que o material selecionado possua um conjunto de caracteres favoráveis, que permitam a seleção e a recomendação deste a indústria têxtil. Uma forma de obter estes resultados é através da seleção simultânea de um conjunto de caracteres de importância econômica. O índice de seleção é estabelecido através da ótima combinação de várias características, permitindo uma eficiente seleção. O objetivo deste trabalho foi avaliar duas metodologias dos índices de seleção e verificar qual desta melhor auxilia na seleção de genótipos de algodoeiro herbáceo. Foram utilizados 21 genótipos de algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L.), constituindo os tratamentos. Os genótipos foram provenientes de um sistema de cruzamento dialélico balanceado completo sem os recíprocos entre seis genitores (FM 993, CNPA 04 2080, PSC 355, TAM B 139-17, IAC 26 e TAMCOT-CAMD-E). O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso com 3 repetições e 21 tratamentos. O experimento foi conduzido no Município de Patos, Paraíba em condições de campo, sob irrigação no ano de 2015. As variáveis agronômicas analisadas foram: Aparecimento da primeira flor (APF, dias), Aparecimento do primeiro capulho (APC, dias), Altura da planta (ALT, cm), Produtividade de algodão em caroço (PROD, kg/ha), Porcentagem de fibra (PF, %), Produtividade de algodão em fibra (PRODF, kg/ha) e Peso de um capulho (P1C, g). As análises genético-estatísticas consistiram de: Análise de variância pelo teste F a 1 e 5% de probabilidade, comparação das médias pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade e para as estimativas dos índices de seleção foram utilizadas duas propostas, o Índice-base proposto por Willians (1962) e o Índice com base em soma de postos (ou ranks) proposto por Mulamba e Mock (1978). Todas as análises genéticas-estatísticas foram realizadas com o auxílio do programa computacional Genes. Houve diferença significativa a 1 e 5% de probabilidade pelo teste F entre os genótipos para todas as variáveis estudadas. O coeficiente de variação (CV) oscilou entre 1,79% (APC) e 21,14% (PRODF), apontando boa precisão experimental. O coeficiente de determinação genotípico variou entre 57,85% (PROD) e 92,39% (P1C). Com base no Índice-base proposto por Willians (1962) os genótipos 8, 2, 11, 5, 17 e 15 foram selecionados apresentando um ganho de seleção total de 9,11%. Entretanto, o Índice com base em soma de postos (ou ranks) proposto por Mulamba e Mock (1978) os genótipos selecionados foram 11, 21, 15, 12, 13 e 2 apresentando um ganho de seleção total de 3,43%. Portanto, as duas metodologias foram eficientes no processo de seleção de genótipos superiores, fornecendo praticamente as mesmas informações. Contudo, o índice proposto por Mulamba e Mock (1978) é o mais indicado por ser de fácil aplicação, não sendo necessário o ajuste das unidades das variáveis e por classificar os materiais genotípicos em relação a cada um dos caracteres, em ordem favorável ao melhoramento.