Neste artigo, (re) pensamos o espaço escolar como um local em que se deve promover um projeto coletivo de transformações sociais posto que os discentes, dentro e fora da escola, convivem com diversos conceitos, ideias e grupos econômicos, sociais, culturais e étnicos diferenciados. A esse respeito, investigamos se os discursos que circulam em livros didáticos de Língua Portuguesa e Arte são representativos da diversidade cultural e étnico-racial presentes em nossa sociedade. A pesquisa está respaldada nos fundamentos da Linguística Aplicada (LA), da Análise do discurso francesa e dos Estudos Culturais. Metodologicamente, realizamos uma pesquisa documental em sua abordagem qualitativa/interpretativista. A construção dos dados acontece por meio de pesquisas bibliográficas em livros didáticos de Língua Portuguesa do 2º ao 5º ano, usados em escolas públicas municipais da cidade de Assu, RN. O corpus está organizado por meio de a) conteúdos temáticos; b) imagens, tais como pinturas, esculturas, ilustrações de pessoas e de lugares, representativos da visibilidade ou da invisibilidadedo povo negro. Em fase de análise, os resultados são indicativos de que ainda há muito a ser feito a favor da valorização da diversidade nos livros didáticos. Desse modo, compreendemos que, independente do livro didático, as diferenças precisam ser estudadas e (re) pensadas em salas de aula.