A crise hídrica que a região Nordeste vem sofrendo nos últimos anos tem intensificado a busca por fontes alternativas de água, sendo que o reuso de águas residuárias vem ganhando cada vez mais espaço como ferramenta mitigadora para as áreas irrigadas. A Universidade Federal de Campina Grande, campus I, utiliza a água de uma lagoa para irrigar as áreas verdes do campus. A recarga desse corpo hídrico é realizada por meio da precipitação e drenagem de águas residuárias. O objetivo desse trabalho é avaliar o grau de salinidade das águas presente na lagoa da UFCG através das análises de condutividade elétrica e sólidos totais dissolvidos durante nove meses no ano de 2016. A pesquisa foi realizada no ano de 2016 entre os meses de fevereiro a outubro, na qual foi avaliada a salinidade dessas águas por meio da condutividade elétrica e sólidos totais dissolvidos. Durante os nove meses de estudo foram realizadas medições a cada dois dias com auxílio de uma sonda multiparâmetros a uma profundidade de 50 centímetros da lamina d´água. Com base nos resultados apresentados, essas águas apresentam concentrações de sais elevadas uma vez que o valor mínimo encontrado foi de 1706 µS cm-1 e máximo de 2685 µS cm-1. Desse modo essas águas foi classificada como classe C2, ou seja, pode causar problema moderados de salinidade. Os resultados de STD também evidenciam essa problemática, uma vez que o menor valor encontrado foi de 995 mg L-1 no mês de abril estando fora dos padrões estabelecido pela Resolução CONAMA no 357 de 2005. Sendo assim se faz necessário realizar a eliminação das fontes poluidoras dessas águas, a fim de reduzir os riscos de salinização e possíveis danos ao solo e as culturas irrigadas.