Ao longo de 30 anos Yves Chevallard e seus colaboradores tem trabalho no desenvolvimento da Teoria antropológica do didático (TAD). Um arcabouço teórico que inaugura nos estudos em Didática da Matemática o paradigma antropológico conforme Gascón (1998). De acordo com Chevallard (1999) a TAD situa a atividade matemática e o seu estudo no seio das práticas humanas e sociais. Noções como antropologia cognitiva, organizações praxeológicas matemáticas e didáticas, níveis de co-determinação e dispositivos didáticos compõe o rol de ferramentas teóricas que são utilizadas para analisar a ecologia dos saberes nas instituições em que ele habita. Nesse trabalho, nosso objetivo é refletir sobre as possibilidades dos usos da TAD como ferramenta teórica para apoiar a formação de professores que ensinam matemática. A partir do relato de três trabalhos de conclusão de curso Fabiano (2015) Amaral (2015) e Nunes (2017) defendidas no Curso de licenciatura em matemática do Centro de Ciências Humanas e Exatas da Universidade Estadual da Paraíba e orientados pelo 1º autor dessa comunicação, nos questionamos: que possibilidades e usos podem ser feitos da TAD como ferramenta teórica para apoiar a formação de professores na licenciatura em matemática? A partir da análise documental das pesquisas citadas, realizamos um panorama dos usos da TAD no âmbito do curso de graduação em que as pesquisas foram desenvolvidas. Os resultados das análises apontam para a possibilidade de introdução das noções da TAD como ferramenta para apoiar o trabalho na licenciatura em matemática, mesmo quando essas ferramentas teóricas são trabalhadas em uma perspectiva superficial, elas se apresentam como noções que levam aos estudantes refletir sobre o seu papel como professores de matemática e sua relação com este saber.