Sexualidade é inerente a cada indivíduo, mas sofre influência da sociedade, da cultura, sendo assim, ela é modulada com o passar dos anos de acordo com que a sociedade e suas diferentes culturas estabelecem como errado e certo. Dado ao multiculturalismo presente na sociedade, é comum o aparecimento de preconceitos, tabus e, consequentemente, a falta de diálogo sobre a temática. A Universidade como instância social, responsável pela divulgação e acessibilidade do conhecimento, tem o papel de informar e discutir todas as variantes referentes aos conceitos sexuais, com a finalidade de multiplicar as informações e educar os jovens a vivenciarem a sexualidade como uma questão social, histórica e política e não apenas como uma necessidade instintiva e biológica. Este estudo trata de um relato de experiência de integrantes do grupo de pesquisa em extensão em sexualidade sob múltiplos olhares cujo intuito é descrever a vivência como integrante de grupo durante as aulas acerca deste tema em turmas do ensino superior do curso de biologia licenciatura de uma universidade federal do Nordeste brasileiro. Foi possível verificar que em cada turma a pluralidade e diversidade demonstrada pelos próprios alunos se fez presente e dificilmente será possível reduzir a sexualidade a um aspecto puramente natural e biológico de forma que não considere, também, os aspectos históricos, sociais, culturais e comportamentais. É importante discutir a temática sexualidade nas disciplinas de biologia licenciatura para preparar os alunos, futuros professores de ciências e biologia, sendo necessário a utilização de recursos didáticos e despertar o pensamento reflexivo de que é importante respeitar as opiniões do próximo para que, dessa forma, a temática seja discutida com respeito e de forma apropriada.