Esse artigo apresenta, através de pesquisa bibliográfica, as bases, o funcionamento e alguns resultados da Terapia Comunitária Integrativa (TCI), recém incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde. Nosso objetivo é destacar a eficiência, a simplicidade e o baixo custo financeiro dessa metodologia de cuidado integral e educação emocional. Essa proposta se justifica pela necessidade atual de espaços solidários e igualitários que alimentem o corpo e o espírito das pessoas, que acolham sofrimentos, perturbações e sentimentos para prevenir e curar enfermidades de várias naturezas, além de partilhar saberes e redes de apoio acessíveis que ajudam na formação humana em todas as suas dimensões. Discorreremos acerca dessa metodologia sob olhares do seu criador, de terapeutas comunitários, de participantes, de alguns autores de outras ciências e de casos por nós reportados. Fundamentada sobre cinco pilares: o pensamento sistêmico, a teoria da comunicação, a antropologia cultural, a pedagogia de Paulo Freire e a resiliência, as rodas de TCI têm uma sequência de etapas, desde as regras simples e atividades de boas-vindas, aos momentos de escolha e contextualização de um tema selecionado pelo grupo, identificação e problematização de um mote preparado pelo terapeuta, em meio a partilha de experiências de superação, conexão via sentimentos, conotação positiva e abraços. Na roda, a fala de um fortalece e comove ao outro, sedimenta aprendizados, decisões e sentimentos saudáveis de autoestima, de senso de pertença e sentido para a vida. Ao invés de reforçar dependências e carências, a TCI comemora o empoderamento, as competências, a identidade, as raízes culturais e, especialmente, a resiliência que decorre das dificuldades, contribuindo para que indivíduos se desenvolvam integralmente.