A violência contra a população transgênera e travesti por meio dos crimes de ódio possuem altos índices. Por consequência, o Brasil se encontra no primeiro lugar entre os países que mais matam essa parcela social. Somente no ano de 2016 foram registrados os homicídios de 144 transgêneros e travesti. Assim, verifica-se que existe um fato gerador em todas essas práticas delitivas que é a presença da emoção da raiva, que pode tomar proporções mais elevadas até chegar ao ódio ou a hostilidade. Dessa forma, necessário se faz realizar a compreensão e análise dessas emoções, bem como a influência das mesmas nos crimes de ódio, pois, a partir disso, poderá tentar prevenir e fomentar a educação emocional nos indivíduos. No entanto, devido a influência do patriarcado, da religião e dos padrões heteronormativos disseminados na sociedade brasileira, observa-se uma barreira que impedi o dialogo e a aceitação do dito “diferente”. Assim, as violências são legitimadas pela sociedade, dificultando uma harmonia social. Com isso, aumentam-se os índices de segregação, miscigenação e intolerância devido a um incomodo nos agressores que se torna o fator desencadeante da raiva (que é uma emoção natural e presente em todos os seres humanos), mas que pode tomar proporções elevadas e desenvolver o ódio e a hostilidade, emoções perigosas e que necessitam serem trabalhadas nos indivíduos. Para desenvolver este trabalho utilizou-se da pesquisa bibliográfica para fundamentar os argumentos levantados, bem como do método dedutivo para se alcançar uma conclusão. O objeto da pesquisa foi analisar as violências decorrentes dos crimes de ódio à população transgênera e travesti brasileira a partir das emoções da raiva, ódio e hostilidade.