RESUMO
O reconhecimento legal e a promulgação da criação dos mecanismos de inclusão, como são as Salas de Recursos Multifuncionais (SRMF) não garantem que a escola seja um local de práticas inclusivas. As leis pelas leis não são suficientes, ou seja, há um longo percurso entre a sistematização dos documentos e a materialização das mesmas no “chão” da escola pública. Um percurso de idas e vindas, de limites, de recuos e de possibilidades. Nesse sentido, este artigo tem o objetivo de apresentar uma pesquisa realizada em uma escola da Rede Municipal de ensino de Campina Grande (PB), que teve por objetivo geral analisar a concepção das professoras da sala regular sobre o Atendimento Educacional Especializado, ofertado na Sala de Recursos Multifuncional. Buscamos também discutir o trabalho colaborativo entre o professor da sala regular e o professor da SRMF. As professoras, participantes da pesquisa, consideram extremamente importantes que as crianças especiais frequentem a SRMF, onde recebem o Atendimento Educacional Especializado (AEE), entretanto avaliam o trabalho colaborativo entre a sala regular e a SRMF como muito deficitário apontando este como uma da maior dificuldade para práticas mais inclusivas no contexto escolar.