Diante da perspectiva de ingressar no meio acadêmico e profissional, o jovem estudante encontra-se em uma das fases mais decisivas de sua vida: escolher sua função como sujeito em uma sociedade. Em um período volátil de transição e construção de identidade, torna-se fundamental o apoio familiar e pedagógico diante da necessidade de autoconhecimento, maturidade e tomada de decisões visto que são desafios a definir, em apenas uma escolha, uma opção que integre independência financeira, realização profissional e pessoal. A necessidade por um componente curricular que trabalhe a educação emocional neste contexto encontra-se evidente diante da quantidade de evasão por parte de estudantes que ingressaram sua vida acadêmica, mas não estavam aptos para fazer suas próprias escolhas. A escola tem um papel fundamental na orientação, informação e apoio psicológico para que o jovem conheça a realidade socioprofissional existente no mercado de trabalho, bem como sua vocação e identidade para uma carreira profissional no qual o mesmo sinta-se realizado. Este artigo tem por objetivo refletir sobre a escolha profissional do jovem que está concluindo o ensino médio e deseja ingressar no ensino superior. Nossa proposta é discutir através de uma pesquisa exploratória a relação entre família e escola no processo de desenvolvimento do autoconhecimento do aluno e na decisão quanto a sua carreira . Através dos dados levantados entre estudantes que evadiram da universidade por incompatibilidade entre o curso, suas aptidões e desejos pessoais é possível perceber o déficit escolar e familiar existente quando se trata da construção interior do aluno no seu processo de formação como sujeito que ingressa ao meio acadêmico e profissional.