LIMA, Valéria De Araújo et al.. A pedagogia tradicional proposta pelo ratio studiorum. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/35503>. Acesso em: 22/12/2024 19:37
O referido trabalho discutiu e caracterizou brevemente os principais aspectos presentes no Ratio Studiorum, considerado o marco fundamental da Pedagogia Tradicional e Modelo Pedagógico utilizado pelos Jesuítas. A Pedagogia Tradicional, concebia o homem como um ser universal e a educação como instrumento de moldagem deste ser. O Ratio possui 467 regras que direcionavam o processo educativo dos colégios jesuíticos e foi promulgado no ano de 1599, baseado no modus parienses vigente na França, nesse período. A pesquisa em questão, configurou-se em um texto extenso, no qual destacou-se temas intrínsecos ao Ratio Studiorum, como: processo de admissão, hierarquia, relação de professores, currículo, normatização das condutas, sistema de avalição e seleção de professores. Objetivou-se discorrer sobre os temas citados e proporcionar a reflexão sobre a presença notável dos fatores desta organização educacional na atualidade, visto a eficiência do documento relatada por autores durante os séculos. Para atingir os objetivos elencados, realizou-se uma análise do Ratio e uma pesquisa sobre o tema que permitiu uma melhor compreensão do mesmo. No decorrer da análise, tornou-se notório o quanto a educação estava submissa a preceitos religiosos da época, não sendo possível desvincular uma da outra. Assim, os aspectos da Pedagogia Tradicional são mais uma vez evidenciados, visto que os alunos não possuíam a autonomia para refletir e os professores não poderiam esquivar-se do que estava preestabelecido. O método de estudos contido no Ratio caracterizava-se por estudar, repetir e disputar, claramente práticas pedagógicas que remetem aos pressupostos tradicionalistas da didática educacional. Sendo assim, não pode-se negar a influência desse documento norteador da educação Jesuíta na atualidade e nem a importância do mesmo na construção da história da educação brasileira.