O acesso de mulheres em diversos espaços vem sendo pesquisada. Pesquisas indicam que o número de mulheres e de homens no Brasil é bastante equilibrado, contudo há ambientes em que ainda possui dificuldade de inserção e permanência, ou ainda, de promoção para cargos de chefia (COSTA, 2016). Compreender o contexto da universidade pode ajudar a entender outros ambientes profissionais. Assim, este trabalho apresenta os resultados de um estudo exploratório, como primeira etapa de uma investigação mais ampla, sobre o acesso das mulheres no ensino superior, tendo como foco a Universidade Federal Rural de Pernambuco entre o período de 2006 a 2016. A metodologia da pesquisa consistiu nas fases de coleta, tabulação e análise da evolução do ingresso de homens e mulheres no período, de modo geral e por área de conhecimento. Os dados foram obtidos no site da universidade e foram analisados por meio de análises estatísticas descritivas em planilha eletrônica. Para se explorar o comportamento dos ingressos do gênero feminino ao longo do período, foram adotadas várias formas diferentes abordagens: comparativo entre os sexos do número de ingressos no período de 2006 até 2016; comparativo entre os sexos do percentual em relação ao turno e o comparativo percentual entre os ingressos homens e mulheres em relação ao total acumulado de ingressantes no período de 2006 a 2016 por Grupo de Cursos. Os cursos foram reunidos nas áreas de: Ciências Humanas e Sociais (Administração, Ciências Econômicas e Ciências Sociais), Ciências Agrárias (Agronomia, Economia Doméstica, Engenharia de Pesca, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária e Zootecnia e Engenharia Agrícola e Ambiental), Ciências Biológicas (Bacharelado em Biologia), Formação de Professores (as Licenciaturas em Biologia, Matemática, Computação, Química, Letras, Pedagogia, Física e História), Ciências dos Alimentos (Gastronomia e Segurança Alimentar e Engenharia de Alimentos) e Computação-Informática (Sistemas de Informação e Bacharelado em Ciência da Computação). Os resultados indicaram que, de modo geral, houve uma evolução positiva do número de ingressantes mulheres na instituição, um aumento proporcionalmente similar ao de homens. Contudo, tendo em vista que a população de mulheres no Estado de Pernambuco é superior ao de homens, 53.84% de mulheres e 46.16% de homens, consideramos que esse resultado ainda precisa ser melhorado. Outro resultado importante é que houve uma procura semelhante por homens (52%) e mulheres (48%) pelos cursos de Formação de Professores.