BANDEIRA, Monique Vieira Amorim et al.. A educação para emancipação: é possível?. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/35156>. Acesso em: 22/12/2024 21:00
O presente artigo visa refletir, à luz do pensamento crítico, sobre o papel social da educação e da escola e suas possibilidades de emancipação. Apresenta uma trajetória da construção do processo educativo ainda numa perspectiva intuitiva, conforme conhecemos atualmente, num percurso marcado por uma busca constante de compreensão e de soluções para o cotidiano da humanidade. Aborda também alguns aspectos teórico-metodológicos sobre a concepção de trabalho numa aproximação ao pensamento de Marx e do trabalho escolar na realidade da sociedade capitalista. Sabendo das implicações que o capitalismo imputa à realidade social, são elencados ao longo do texto aspectos da condição na qual os sujeitos do processo educativo se encontram atualmente, como fruto de uma história marcada pelos sentidos controversos atribuídos à escola. O cenário educacional brasileiro, imerso no cenário capitalista e neoliberal, está atualmente evidenciando o fracasso escolar, com uma educação de baixa qualidade e que não oportuniza aos estudantes uma compreensão do contexto social e nem suscita o desejo de transformação. O Ciclo é apontado como uma organização escolar alternativa, que ressalta a importância de uma aprendizagem significativa e de caráter sócio-transformador. Nesta perspectiva, a organização do trabalho pedagógico promove uma ressignificação da rotina escolar na qual os sujeitos da aprendizagem se percebem como autores e coautores de todo o processo, desde o planejamento das ações até chegar a avaliação que adquire uma vertente não excludente e processual. Descrevemos, ainda, a experiência da implantação do Ciclo para as Aprendizagens na rede pública de ensino do Distrito Federal, destacando as particularidades do(s) sujeito(s) que fazem parte do processo educativo.