O envelhecimento populacional com redução da capacidade cognitiva e física estão requerendo que as instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) disponibilizam, além de apoio social, serviços de assistência à saúde. A procura por essas instituições está mudando os velhos asilos, eram destino apenas daqueles mais desfavorecidos e abandonados, hoje, uma opção para idosos também com melhores condições econômicas. Uma ILPI deve proporcionar um ambiente com segurança favorecendo bem-estar, oferecidos cuidados especiais, a depender das suas necessidades individuais, e suprindo as demandas de adaptação física. No Brasil é algo polêmico e complexo, por abranger questões políticas, sociais, econômicas, psicoemocionais, de saúde, de cunho moral e preconceituoso. Apesar disso, a institucionalização dos idosos, pode levar a perda da autonomia, independência, ataques à identidade, assim como fragilização de vínculos familiares e comunitários. Nesse contexto, esse estudo trata-se de um relato de experiência de um grupo de acadêmicos da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-Uncisal que tem como objetivo descrever as práticas realizadas em uma instituição de longa permanência para idosos do município de Maceió, Alagoas, Brasil. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, sobre a vivência de um grupo de acadêmicos da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-Uncisal, em uma instituição de longa permanência para idosos do Município de Maceió. As práticas foram realizadas no período de Abril à Junho de 2017, sendo um encontro semanal, com duração de quatro horas cada. A proposta era aplicar avaliações intelectuais e físicas, e a partir desses resultados levar atividades de acordo com a necessidade. No primeiro encontro, foi proposto que os acadêmicos formassem grupos para abordar um maior número de idosos. Ao serem abordados e mostrado os objetivos da prática, alguns recusavam, mas após uma conversa, participavam. A instituição é dividida por alas, o que faz com que a mesma tenha aparência hospitalar, observou-se que não é permitido que haja contato entre eles, evitando relacionamento. Não bastasse o caráter asilar, o rompimento familiar e com a mortificação do “eu” que a instituição causa no indivíduo, são impedidos de socializar. Foram aplicados testes padronizados como o Mini Exame do Estado Mental, para avaliar as funções cognitivas. Foi utilizada também a história de vida como instrumento de intervenção. A ociosidade, é outro ponto importante, quase não há passeios ou atividades na instituição. A estimulação da autonomia e independência é algo primordial, para a ressignificação das atividades de vida diária desses indivíduos. Assim as instituições totais fundamentam-se no controle e na hierarquia, sendo seu tratamento uniformizado, a rotina é regida por horários preestabelecidos e os idosos perdem o direito de expressar sua subjetividade e seus desejo. Assim, percebe-se o quanto deteriorante pode ser uma instituição de longa permanência para idoso.
A instituição pode ser mais humanizada e funcionar em moldes mais abertos, ampliando para que as instituições de longa permanência de cuidado aos idosos não signifiquem apenas “depósitos de velhos”. A presença da família é extremamente necessário para melhor conforto e resgate do bem estar desses idosos.