COSTA, José Lindemberg Bezerra Da et al.. Uso de fitoterápicos pela população idosa. Anais V CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/34919>. Acesso em: 15/11/2024 07:01
Introdução: Com o envelhecimento da população observa-se um aumento da prevalência das doenças agudas e crônicas, o que é natural no decorrer dos anos, tendo em vista que o desgaste físico do corpo irá acarretar uma maior demanda de serviços de saúde, consequentemente um aumento do consumo de medicamentos, sejam eles sintéticos ou fitoterápicos. Isso leva a população geriátrica a riscos, como o aumento da ocorrência de efeitos adversos e interações medicamentosas indesejáveis. Sendo a fitoterápica uma prática terapêutica utilizada desde os primórdios da humanidade, com finalidade curativa, preventiva e/ou paliativa, gerando informações fundamentadas que são repassadas por gerações, atestando sua eficácia por tradicionalidade de uso e no conhecimento empírico da população. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo realizar um levantamento sistemático da literatura sobre o uso de fitoterápicos pela população idosa, seus mitos, vantagens e benefícios do manuseio. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, acerca do uso de fitoterápicos pela população idosa, o levantamento bibliográfico foi realizado por via eletrônica durante o período de agosto a outubro de 2017. Realizado nas bases de dados SciELO e PubMed, num espaço temporal de cinco anos, onde em um primeiro momento utilizaram-se os descritores “Fitoterapia” e “Idoso” unidos pelo conector booleano “AND”, e em um segundo momento foi utilizado “Idoso” e “Plantas Medicinais” também unidos por AND. Após serem aplicados os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados oito artigos para esta pesquisa. Resultados e discussão: Como observado nos artigos o consumo de plantas medicinais tem base na tradição familiar e conhecimento empírico, com isso as terapias à base dessas plantas são amplamente utilizadas principalmente pelos idosos, prática essa que se tornou generalizada na medicina popular. Nesse contexto, o idoso é um importante meio de transmissão de informação práticas e teóricas sobre as plantas medicinais, sendo repassados para os membros familiares aspectos como: conhecimento popular sobre as plantas medicinais, as mais utilizadas, indicações, formas de preparo e conservação. Nos artigos os idosos relataram utilizar as plantas indicadas para tratamento de transtornos dos sistemas respiratório, digestório e nervoso. As espécies medicinais geralmente são cultivadas em quintais, roçados, ou compradas em mercados ou farmácias, onde as partes mais utilizadas são as folhas, seguidas de cascas do tronco, flores, sementes e látex, geralmente sob a forma de chá obtido por infusão ou decocção. Considerações finais: Portanto, fica evidenciada de forma contundente que a prática da automedicação por meio de fitoterápicos, é uma prática comum e muito difundida em nosso país, sobre tudo por pessoas da terceira idade que em sua grande maioria herdaram seus conhecimentos de gerações passadas. O Brasil é detentor de uma grande variedade de plantas com propriedades farmacológicas comprovadas, e outras em estudo para posteriores comprovações quanto a sua eficácia. Com isso conscientizar a população de que a automedicação e produção de medicamentos naturais requerem cuidados, a fim de garantir a segurança, eficácia e qualidade das práticas fitoterápicas.