SANTOS, Renata Barbosa et al.. Polifarmácia em idosos. Anais V CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/34717>. Acesso em: 15/11/2024 11:00
Estima-se que para o ano de 2050, existam cerca de dois bilhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo. Diante do aumento na população de idosos, é importante ressaltar que o envelhecimento é um processo biológico natural em que há o aumento do risco de desenvolver doenças crônicas, visto que as funções de diferentes órgãos se tornam deficientes, alterando a atividade dos medicamentos e facilitando a ocorrência da polifarmácia. Essa prática deve ser entendida como o uso concomitante de fármacos, que podem acarretar diversos problemas ao paciente, com o uso de medicamentos inadequados e não necessários para o tratamento. A polifarmácia tem se tornado alvo de preocupação entre os profissionais da saúde, já que quando associados às doenças e alterações próprias do envelhecimento, pode desencadear interações medicamentosas e reações adversas potencialmente perigosas. Nesse contexto, foi realizada uma revisão integrativa dos estudos mais atuais, visando elucidar os riscos potencialmente fatais que a polimedicação pode causar ao idoso, tornando o estudo um veículo de alerta para os profissionais de saúde e cuidadores. Os resultados foram obtidos através da busca de informações em publicações indexados nas base: SciELO, CAPES, Lilacs e PubMed. Foram analisadas 24 publicações e adotou-se como critério de inclusão, artigos, teses e dissertações que abordassem a relação entre a prática da polifarmácia e o idoso, publicados no intervalo de 2007 e 2017. De acordo com os artigos analisados, foi observado que as principais consequências dessa prática podem levar a uma piora das síndromes geriátricas, erros na forma de administração e influenciar na ocorrência de iatrogênia, tornando a prescrição geriátrica uma prática que deve ser cautelosamente estudada. Diante disso, cabe aos profissionais da saúde adotarem estratégias para melhorar a dinâmica, do uso de medicamentos pelos idosos, frente às peculiaridades deste grupo de pessoas, buscando assim, evitar possíveis interações medicamentosas e reações adversas proporcionando melhor qualidade de vida pela administração correta de medicamentos.