Este é um estudo cujo desenho é de abordagem qualitativa e natureza descritiva do tipo relato de experiência. A experiência em exposição foi desenvolvida através das atividades grupais com idosas e o uso dos jogos teatrais oferecidos como aulas na Universidade Aberta à Terceira Idade – Unati, da UFPE. Os dados foram coletados nas escutas e nas observações ao final da cada aula. Entende-se que o envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que acarreta a necessidade de lidar com vários desafios, de potencializar a capacidade funcional e de saúde dos idosos e idosos longevos, bem como a sua participação social e segurança. Assim,surgem as preocupações que recaem sobre a qualidade de vida (QV) na velhice. Uma maneira bem eficaz de se fazer com que o idoso tenha a qualidade de vida, a aceitação e a inserção na sociedade, é através de estimulações: psicológicas, sociais e físicas. Para esses estímulos biopsicossociais se buscou o teatro como ferramenta, sobretudo, os jogos teatrais usados no contexto da educação. Nesses jogos, através do envolvimento do grupo os jogadores desenvolvem a liberdade pessoal dentro das regras, habilidades necessárias para jogar e internalizar essas habilidades e esta liberdade ou espontaneidade. Concluiu-se que o teatro é uma ferramenta que permite muitas intervenções interdisciplinares e estímulos biopsicossociais.Reviver as memórias, criando cenas de suas histórias de vida, tem mostrado, a partir dessas idosas, que o prazer, a sensação de pertencimento ao grupo, a superação de imagens pessimistas sobre si mesmas, a construção de possíveis vínculos de amizade, o aumento da autoestima e a motivação em continuar criando, são efeitos do teatro que impulsionam à vida, gerando sentidos que antes pareciam não existir na rotina dessas pessoas idosas.