Introdução: as altas taxas de suicídio entre os idosos não se dispõem de modo homogêneo entre os sexos, embora a senescência traga frequentemente consigo a redução funcional, a senilidade e as dificuldades na execução de atividades antes desempenhadas por ambos os sexos. Objetivo: avaliar os suicídios em idosas segundo características demográficas, socioeconômicas e regiões brasileiras no período de 2003 a 2012. Metodologia: estudo descritivo do tipo ecológico para identificação de variações regionais, temporais e condições socioeconômicas acerca dos suicídios em idosas no Brasil. Resultados: observou-se variação significante da taxa média de suicídios em idosas entre as regiões brasileiras, sem relevância nas diferenças quanto às faixas etárias, associadas à redução acentuada desta taxa em 2007, que sofreu interferências expressivas do índice de Gini da renda domiciliar per capita e da razão de renda. Discussão: dentre os fatores que desencadeiam o suicídio em idosas destacam-se as doenças mentais e físicas, o abuso de álcool e outras drogas, a perda de emprego, os divórcios ou ainda o arranjo entre estes fatores, sendo importante salientar o destaque da depressão no contexto dos suicídios, além das situações culturais que são tipicamente influentes, como na violência de gênero. Conclusão: o estudo relevou significativas diferenças entre as regiões brasileiras nas taxas de suicídio em idosas que, sofrem interferência do índice de Gini da renda domiciliar per capita e da razão de renda, possuindo disposição temporal de inconstância com queda no ano de 2007, não havendo variações consideráveis entre as faixas etárias avaliadas.