Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é considerada a mais prevalente no grupo dos Transtornos Neurocognitivos (TNC), variando entre 60% a mais de 90%, dependendo do contexto e das diretrizes diagnósticos adotadas. Esta costuma ocorrer em paralelo com doença cerebrovascular (DCV), além de que fatores predisponentes à DCV, especialmente a aterosclerose de grandes vasos, estão envolvidos com DA. Contudo, não está claro se há uma conexão fisiopatogênica entre as duas ou se consistem em achados comórbidos. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática em 3 bases de dados, incluindo-se pesquisas que atendiam aos descritores e excluindo-se estudos: não originais, em não humanos, anteriores a 2913, em indivíduos que não tivessem pelo menos 65 anos de idade, que não estivessem gratuitamente completos ou irrelevantes à temática. Obteve-se um total de 9 trabalhos. Resultados e Discussão: Foram identificados 3 artigos com conclusão contrária a relação entre DCV (ou seus fatores de risco) e DA, cuja média de participantes foi de 493. Os demais 6 artigos possuíram concordância com a relação em questão, cuja média de participantes consistiu em 1799, sendo superior aos de conclusão discordante. A justificativa fisiopatogência mais comumente veiculada foi a de hipofluxo cerebral, particularmente causado por aterosclerose de grandes vasos. Contudo, verificou-se uma falta de uniformização dos estudos a respeito do método adotado, tanto para seleção dos pacientes como para diagnóstico. Conclusões: São necessários estudos de maiores proporções e maior variabilidade étnica, cujo método possa ser padronizado para demais pesquisas na área, com o objetivo de se firmar uma nítida correlação entre as duas doenças.