As quedas são eventos adversos presentes em pacientes hospitalizados. Nos idosos, principalmente, esses danos acarretam sérias repercussões, podendo resultar em hospitalizações prolongadas, institucionalizações, restrição das atividades e mobilidade, alterações do equilíbrio e do controle postural, isolamento social, ansiedade e depressão. Quando associadas a doenças crônicas não transmissíveis, exibem grande magnitude e são importantes causas de morbimortalidade. O estudo teve como objetivo investigar associação entre o risco de quedas com as morbidades autorreferidas em idosos internados em um Hospital Público de Ensino. Trata-se de uma pesquisa exploratória-descritiva, quantitativa e corte transversal, realizada com idosos internos nas Unidades de Clínica, Cirúrgica e Infecto-Parasitária de um Hospital Público de Ensino, localizado em João Pessoa, Paraíba. Os dados foram coletados de janeiro a abril de 2017, utilizando um instrumento composto pela caracterização socioeconômica, o conhecimento sobre suas morbidades e os medicamentos como fator de risco para quedas e a escala Fall Risk Score de Downtown. Os dados foram analisados pelo SPSS, versão 20.0. A pesquisa foi aprovada com CAAE: 61037516.9.0000.5183. Verificou-se que a visão prejudicada (p= 0,000), dor (p=0,005) e problema de coluna (p=0,016) foram às morbidades estatisticamente relacionadas com o risco de quedas. O enfermeiro é um membro da equipe de saúde que na prática assistencial estabelece maior contato e vínculo com a população geriátrica e seus cuidadores, necessitando estar apto a identificar e intervir no Risco de quedas, a fim de evitar o surgimento de condições incapacitantes que associadas a patologias de caráter crônico, reduzem a qualidade de vida dessa população.