O envelhecimento humano é um processo multidimensional e complexo, acompanhado de alterações orgânicas, psicológicas e sociais. Objetivou-se neste estudo analisar a qualidade de vida e fatores associados em usuários do programa Cidade do Idoso do município de Chapecó/SC. Com desenho descritivo-analítico e transversal, a variável de desfecho foi a qualidade de vida e as de exposição incluíram sexo, faixa etária, condições socioeconômicas e nível de prática de atividade física. Realizado com 201 idosos de ambos os sexos, os resultados evidenciaram diferenças estatisticamente significativas com relação a percepção geral de qualidade de vida e satisfação com a saúde entre os idosos acima de 70 anos em comparação com os idosos de 60 a 70 anos. Na condição socioeconômica, os idosos das classes C e D/E apresentaram uma pior percepção geral da qualidade de vida (p < 0,05) em relação aos idosos das classes A e B. Os idosos avaliados como ativos/muito ativos perceberam sua qualidade de vida melhor do que os idosos sedentários/insuficientemente ativos com diferenças estatísticas em todos os domínios (p < 0,05). O estudo demonstra uma estratificação nesta população quanto às percepções de qualidade de vida e, os resultados apontam para a necessidade da atenção integral e multiprofissional, considerando aspectos da longevidade, sedentarismo e classe econômica. Os dados do estudo proporcionaram evidências que suportam a importância do programa Cidade do Idoso para a percepção de qualidade de vida dos usuários. As atividades realizadas no programa, sobretudo a atividade física, contribuíram para uma melhor percepção de qualidade de vida.