Introdução: Até junho de 2016 o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde estimou a existência de 842.710 pessoas vivendo com o HIV. A maior concentração está na faixa etária de 25 a 39 anos em ambos o sexos, entretanto, nota-se um aumento entre aqueles com idade igual ou superior a 60 anos. Essa sobrevida, relacionada à eficácia e efetividade da terapia anirretroviral, pode vir acompanhada de algumas consequências, a saber algumas comorbidades. Assim, essa pesquisa objetivou invetigar as principais comorbidades referidas em prontuários ou relatadas por pessoas idosas que vivem com o HIV. Metodologia: Estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal que foi realizado nas 07 unidades de referência para o tratamento de HIV em Recife-PE. A amostra foi composta por 241 pessoas idosas selecionadas por amostragem de conveniência e aleatória de acordo com a agenda dos ambulatórios. Para coleta dos dados foi utilizado um questionário semiestruturado elaborado pelas autoras com 17 questões que versavam sobre aspectos sociodemográficos e clínicos. Resultados e Discussão: Em 1º lugar e mais prevalente no sexo feminino esteve a hipertensão arterial sistêmica (HAS), presente em 47,60% das mulheres; em 2º lugar e mais prevalente no sexo masculino, esteve o diabetes mellitus (DM), ou seja, em 27,70% dos homens e em 3º e mais comum nas mulheres foi a osteoporose, presente em 30,10% das mulheres. Pessoas que fazem uso da terapia antirretroviral (TARV) tem uma maior predisposição para o desenvolvimento de algumas comorbidades, exemplo: hipercolesterolemia, intolerância à glicose dentre outras alterações metabólicas. Além dessas, a infecção por HIV provoca importantes alterações bioquímicas no metabolismo ósseo, predispondo o indivíduo à osteoporose. Conclusões: Assim como qualquer outro medicamento, a terapia antirretroviral não é isenta de efeitos colaterais ou adversos. Logo, faz-se necessário a divulgação de informações para os pacientes acerca das alterações orgânicas que ela pode causar, para que haja o controle e seja reduzido o impacto que as comorbidades provocam na qualidade de vida do indivíduo.