A prática de exercícios físicos, é um componente do estilo de vida que pode influenciar na percepção de qualidade de vida dos idosos. Além dela melhorar os aspectos funcionais e físicos do individuo também pode estimular a participação social colaborando com os aspectos sociais, emocionais e consequentemente com a saúde mental do idoso. Dessa forma, a hidroginástica é uma atividade amplamente procurada pelo por este publico, uma vez que oferece menor impacto sobre as articulações além de apresentar melhora na resistência, flutuação e pressão hidrostática. Este trabalho teve como objetivo avaliar a composição corporal, a qualidade de vida e verificar a existência de correlação entre essas variáveis em idosos praticantes de hidroginástica de uma academia situada na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. O presente estudo apresenta característica quantitativa, correlacional e transversal. A amostra constituiu-se de 20 idosos, praticantes de hidroginástica. Foi realizada a avaliação do peso, altura, percentual de gordura e massa muscular por meio de bioimpedância segmentar direta, utilizando o aparelho do modelo “Inbody120”. A avaliação da Qualidade de Vida foi realizada pelo instrumento Medical Outcome Study 36- item Short Form (SF-36). Na analise estatística, utilizou-se o teste Shapiro-Wilk para avaliar a distribuição dos dados. Para a correlação entre a composição corporal e o SF-36 foi utilizado teste de correlação de Pearson. Foi utilizado o software SPSS versão 22.0 e adotado o nível de significância de 5%. Os participantes possuíam média de idade igual a 71,35 anos (DP = 6,79), média de IMC igual a 31,16 kg/m² (DP = 4,84), média do percentual de gordura de 42,09 (DP = 7,15) e média de massa muscular de 24,93 kg (DP = 4,57). Eles apresentaram médias acima de 70 em boa parte das dimensões do SF-36. As dimensões em que se observaram as médias mais baixas foram nas dimensões de Estado Geral de Saúde e de Vitalidade. Não foi encontrada correlação significante entre as dimensões do SF-36 e o IMC, o percentual de gordura e a massa muscular. Este estudo apresenta algumas limitações como o baixo valor amostral e a não avaliação de outros componentes que podem influenciar na percepção de qualidade de vida do indivíduo, como a renda, a etnia, a escolaridade, dentre outros. Como perspectivas de estudos futuros, seria interessante a investigação da influencia da composição corporal de idosos praticantes de diferentes modalidades de exercícios físicos, na qualidade de vida.