O crescimento populacional de pessoas com 60 anos ou mais de idade abrange um ritmo expressivamente mais veloz do que ocorreu, no século passado no Brasil, nas sociedades mais ricas, fazendo com que o envelhecimento aumente progressivamente e de forma acelerada. Todo ano, 700 mil novos idosos são inseridos a essa parte da pirâmide etária. Com o envelhecimento, o corpo humano entra em processo de declínio fisiológico, em consequência disto ocorre a diminuição da densidade óssea e da massa muscular, instabilidade postural, comprometimento da capacidade visual e auditiva, maior consumo de medicamentos devido à presença de inúmeras doenças comuns ao idoso, além de riscos ambientais que podem predispor à queda. O objetivo deste estudo teve como analisar e descrever os óbitos por causas externas relacionados a quedas em pessoas idosas no Brasil, durante os anos de 2011 a 2015. Trata-se de estudo do perfil epidemiológico de natureza transversal, descritivo, de série temporal, baseado em dados secundários oficiais sobre os óbitos da população brasileira com 60 anos ou mais de idade associados à queda, composto pelas informações provenientes das declarações de óbito e disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Verificou-se que o maior número de óbitos por quedas ocorre em pessoas idosas do sexo feminino, com 80 anos ou mais, viúvas, com 1 a 3 anos de estudo, em maioria na região do Sudeste e no ambiente hospitalar. As análises deste estudo permitiram observar que o evento “queda” em pessoas idosas pode representar um grande problema de saúde pública no Brasil, visto que se trata de uma parcela da população em grande crescimento populacional.