Este trabalho analisa o impacto da perda da identidade devido ao declínio da memória em pacientes com Alzheimer e as repercussões no grupo familiar. Emprega-se como método a análise do filme “Para sempre Alice” (2014). Observa-se o convívio da personagem principal Alice diagnosticada com a doença e seu convívio com a família, verificou-se também as mudanças ocorridas na estrutura familiar, alguns membros da família reage a situação se adaptando às mudanças como possível e outros evita a realidade. O enredo do filme associado as considerações dos autores citados no texto vêm ratificar os argumentos de que sem memória não há lembranças e consequentemente há uma ruptura no processo de construção da identidade do indivíduo. O cinema é um meio de comunicação em massa muito eficiente para trabalhar questões do cotidiano das pessoas, apesar das limitações metodológicas o estudo tem relevância acadêmica na contextualização da análise com os autores mencionados no texto promovendo informações sobre a doença. A memória é indispensável para a noção de continuidade da identidade, é ela que mantém os traços permanentes da nossa personalidade apesar das mudanças interiores e exteriores que sofremos. Conclui que a demência de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa rara e contemporânea, pouco conhecida, é uma doença onde não se conhece ainda os seus mecanismos. A família e a sociedade têm que compreender que ao mesmo tempo que a doença progride os problemas com a memória tornam-se mais graves e é importante conhecer as fases da doença e suas características para que a família acolha o seu ente querido levando em conta a sua condição atual.