Na velhice, o idoso ao responder a situações adversas, mostra sua capacidade de enfrentá-las. Com a instalação de uma deficiência, no caso, a deficiência visual, o idoso precisará lidar com novos obstáculos, exigindo uma (re) adaptação em seu cotidiano. O objetivo desta pesquisa foi investigar as estratégias de enfrentamento no processo de resiliência de idosos que adquiriram deficiência visual. A pesquisa foi de abordagem qualitativa, do tipo exploratório, sendo os dados coletados junto a oito idosos com deficiência visual adquirida, frequentadores de um Centro de Prevenção e Reabilitação. Utilizou como instrumento um formulário para identificação de dados bio-sociodemográficos e entrevista, os relatos foram submetidos à análise de conteúdo. Os resultados indicaram um redirecionamento da vida desses idosos a partir da participação no processo de reabilitação, que atua como estratégia de enfrentamento desse evento crítico. Trata-se de uma forma particular com que cada idoso empreende e aperfeiçoa sua capacidade de resiliência. Conclui-se que a reabilitação foi um espaço de fortalecimento positivo para esses idosos. A convivência com pessoas em situação similar e a troca de experiências, trouxe significados para suas vidas ao potencializar suas capacidades, autonomia e independência.